Como migrar do MEI para o Simples Nacional?

Ser Microempreendedor Individual (MEI) é o primeiro passo de muitos empreendedores que desejam formalizar suas atividades. O regime oferece vantagens como tributação reduzida, emissão de CNPJ e contribuição simplificada.

No entanto, à medida que o negócio cresce, chega um momento em que o faturamento ou o número de funcionários ultrapassa os limites permitidos. É nessa hora que surge a dúvida: como migrar do MEI para o Simples Nacional?

Neste artigo, a Logos Contabilidade Digital explica todo o processo de transição, passo a passo, os prazos, documentos necessários e o que muda nas obrigações fiscais e trabalhistas da empresa.

Assim, você entenderá como fazer essa mudança de forma segura e sem correr o risco de pagar impostos em duplicidade.

Quando é hora de sair do MEI

A migração do MEI para o Simples Nacional é obrigatória quando o empreendedor deixa de atender aos requisitos previstos na Lei Complementar nº 123/2006.

Os principais motivos que levam à saída do MEI são:

1. Faturamento acima do limite permitido

O limite anual de faturamento do MEI é de R$ 81 mil. Se o empreendedor ultrapassar esse valor, ele deve migrar para outro regime. A regra funciona assim:

  • Se o faturamento exceder até 20% (ou seja, até R$ 97.200,00), a migração será feita a partir de janeiro do ano seguinte;

  • Se o faturamento exceder mais de 20%, a migração é obrigatória e imediata, com efeitos retroativos ao início do ano.

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2. Inclusão de sócios ou abertura de filiais

O MEI só permite um titular e não autoriza a participação em outras empresas.

Se o empreendedor desejar abrir uma sociedade ou expandir o negócio com novas unidades, será necessário migrar para o Simples Nacional.

3. Aumento no número de funcionários

O MEI pode ter apenas um colaborador contratado sob regime CLT. Se houver necessidade de contratar mais pessoas, a empresa precisará mudar de categoria.

4. Atividades não permitidas

A lista de atividades autorizadas para o MEI é definida pelo Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN).

Caso o empreendedor queira exercer uma atividade fora dessa lista, deve obrigatoriamente migrar para o Simples Nacional.

O que muda ao migrar para o Simples Nacional

A migração para o Simples Nacional traz novas obrigações, mas também mais oportunidades de crescimento. Veja as principais diferenças:

  • Tributação: No Simples, os impostos são calculados sobre a receita bruta mensal, variando conforme a atividade e o faturamento. A guia de recolhimento é o DAS, assim como no MEI, mas os valores são proporcionais ao faturamento.

  • Obrigações acessórias: A empresa passa a entregar declarações como PGDAS-D, DEFIS, DCTFWeb e eSocial.

  • Contratação de funcionários: É permitido ter mais de um colaborador, respeitando as normas da CLT.

  • Emissão de notas fiscais: Torna-se obrigatória para todas as operações, inclusive para pessoa física.

  • Contabilidade: A empresa precisa manter escrituração contábil regular, sendo obrigatória a contratação de um contador habilitado.

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A boa notícia é que o Simples Nacional mantém uma carga tributária reduzida e simplificada, garantindo uma transição suave para quem está crescendo.

Passo a passo para migrar do MEI para o Simples Nacional

Migrar do MEI para o Simples Nacional é um processo que envolve alguns procedimentos junto à Receita Federal, Junta Comercial e órgãos estaduais ou municipais. Veja o passo a passo completo:

1. Solicite o desenquadramento do MEI

O primeiro passo é comunicar à Receita Federal a sua saída da categoria de Microempreendedor Individual. Isso é feito por meio do portal do Simples Nacional, acessando a opção “Comunicação de Desenquadramento do SIMEI”.

Você deverá informar o motivo do desenquadramento (como excesso de receita, inclusão de sócio, mudança de atividade ou opção voluntária). Após o envio, o sistema confirmará a data de desenquadramento.

2. Altere o cadastro na Junta Comercial

Com o desenquadramento confirmado, é necessário atualizar o registro empresarial. Isso envolve a elaboração de um Requerimento de Empresário (para empresário individual) ou Contrato Social (para sociedades).

Essa alteração é feita na Junta Comercial do estado, e nela são definidos:

  • O novo tipo jurídico da empresa;

  • O capital social;

  • O objeto social (atividades exercidas);

  • Os dados do titular ou sócios.

3. Atualize o CNPJ na Receita Federal

Após a Junta Comercial aprovar a alteração, o contador faz a atualização do CNPJ junto à Receita Federal, ajustando as informações cadastrais para refletir a nova natureza jurídica e o regime tributário.

Além disso, as empresas precisam atualizar o cadastro na Secretaria Estadual de Fazenda e na Prefeitura.

Com o CNPJ atualizado, o contador fará a opção pelo Simples Nacional dentro do prazo estabelecido. Essa escolha define a forma de recolhimento dos impostos e deve ser feita com base na atividade econômica e previsão de faturamento.

Vantagens de migrar para o Simples Nacional

Embora a mudança envolva novas obrigações, migrar para o Simples Nacional traz uma série de benefícios para quem está crescendo. Entre as principais vantagens estão:

  • Continuidade da simplificação tributária: Os impostos continuam sendo pagos em uma única guia (DAS).

  • Possibilidade de crescimento: O limite de faturamento aumenta para até R$ 4,8 milhões por ano.

  • Mais credibilidade no mercado: Empresas no Simples têm acesso facilitado a crédito, licitações e parcerias.

  • Emissão de notas fiscais sem restrições: Pode vender tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.

  • Acesso a novos benefícios previdenciários e trabalhistas.

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Com o apoio de uma contabilidade moderna, a migração se torna um processo tranquilo, garantindo que o negócio continue crescendo com segurança fiscal.

Como a Logos Contabilidade Digital pode ajudar

A Logos Contabilidade Digital oferece suporte completo para quem precisa migrar do MEI para o Simples Nacional. Nossa equipe cuida de todas as etapas, desde o desenquadramento até a regularização nos órgãos públicos.

Veja como podemos ajudar:

  • Análise do motivo da migração e orientação sobre o melhor momento para a mudança;

  • Atualização cadastral na Junta Comercial, Receita Federal e prefeitura;

  • Planejamento tributário para reduzir impostos e evitar erros de enquadramento;

  • Implantação de sistema contábil digital para emissão de notas fiscais e acompanhamento do faturamento;

  • Suporte contínuo após a migração, garantindo o cumprimento das obrigações fiscais e trabalhistas.

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Com a Logos Contabilidade Digital, o empreendedor conta com tecnologia, agilidade e assessoria especializada para conduzir a transição sem complicações.

Conclusão

Ultrapassar o limite do MEI é sinal de que o negócio está prosperando. No entanto, essa fase exige atenção para que a transição para o Simples Nacional aconteça de forma legal e estratégica.

Com o apoio da Logos Contabilidade Digital, você faz essa mudança com total segurança, evitando multas, erros cadastrais e aumento indevido de impostos.

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