Quais são os erros mais comuns na declaração de Imposto de Renda?

A declaração de Imposto de Renda é uma tarefa que costuma gerar ansiedade e confusão até mesmo em contribuintes experientes. 

Entre formulários repletos de campos e diversas regras de dedução, é fácil cometer equívocos que podem resultar em multas, cair na malha fina ou simplesmente deixar de aproveitar benefícios fiscais. 

Neste artigo, a Logos Contabilidade Digital reúne os erros mais comuns na declaração e oferece dicas para evitá-los de uma vez por todas.

1. Dados pessoais incorretos e desatualizados

Um dos primeiros passos ao preencher a Declaração de Imposto de Renda é verificar seus dados cadastrais, como nome completo, CPF e endereço. No entanto, muitos contribuintes:

  • Insiram números de CPF de dependentes errados;
  • Deixem de atualizar o endereço;
  • Usem declarações antigas como base de dados, replicando erros anteriores.

Esse deslize, aparentemente trivial, pode gerar complicações na comunicação com a Receita Federal, atrasar a restituição e até invalidar a transmissão do arquivo. 

Reserve alguns minutos logo no início para conferir cada campo e, se possível, copie os dados do recibo do ano anterior ou do gov.br, mas sempre revise manualmente.

2. Omissão de rendimentos tributáveis

É fundamental listar todos os rendimentos tributáveis recebidos no ano-base, incluindo:

  • Salários, pró-labore e aposentadoria;
  • Rendimentos de aluguéis;
  • Lucros e dividendos recebidos de pessoa jurídica;
  • Rendimento de aplicações financeiras (CDB, LC, fundos).

Muitos contribuintes esquecem de lançar rendimentos de fontes não habituais, como venda de veículos, prêmios em loterias ou ganhos eventuais de trabalho autônomo. 

Além disso, rendimentos recebidos de fora do país (freelance para empresas estrangeiras, por exemplo) devem ser convertidos e incluídos. Essa omissão é uma das principais causas de autuação, pois a Receita cruza informações com empregadores, bancos e corretoras.

3. Erros na declaração de rendimentos isentos e não tributáveis

Paradoxalmente, rendimentos isentos, como dividendos e saques do FGTS, também costumam ser omitidos ou listados incorretamente. 

A Declaração de Imposto de Renda dispõe de um campo exclusivo para “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”, mas muitos contribuintes:

  • Informam esses valores em campos tributáveis;
  • Esquecem de incluir bolsas de estudo e auxílios legais;
  • Confundem indenizações por acidente de trabalho com rendimentos tributáveis.

O resultado pode ser cobrança indevida de imposto ou falha na comprovação de origem de certos recursos, exigindo documentos e justificativas posteriormente.

4. Deduções médicas e educacionais mal aproveitadas

As despesas com saúde e educação oferecem deduções importantes para reduzir a base de cálculo do IR. Mas erros comuns incluem:

  • Tentar deduzir planos de saúde de dependentes que não foram corretamente cadastrados;
  • Declarar cursos extracurriculares não dedutíveis;
  • Não informar valores pagos em sistemas de e-learning ou cursos técnicos, que também são dedutíveis;
  • Duplicar lançamentos: por exemplo, descontar o valor do recibo e também o informe da clínica.

Para evitar essas falhas, organize os recibos em pastas (físicas ou digitais), anote o CPF de cada beneficiário na nota fiscal e verifique se o curso ou despesa médica está na lista de dedutíveis do site da Receita.

5. Falhas ao declarar Bens e Direitos

Na ficha “Bens e Direitos”, é preciso informar imóveis, veículos, participações societárias e até criptomoedas — cada um com seu código específico. Erros frequentes:

  • Não atualizar o valor de aquisição ou a situação financeira em 31/12 do ano-base;
  • Informar o valor de mercado em vez do custo de aquisição e as parcelas pagas até a data;
  • Esquecer de lançar contas-correntes e saldos em moedas estrangeiras;
  • Deixar de discriminar melhorias e benfeitorias realizadas no período.

Essas falhas podem gerar divergência de informações entre as declarações de anos diferentes, atraindo a atenção da fiscalização.

6. Inconsistências na ficha de Dívidas e Ônus Reais

Dívidas de financiamento imobiliário, empréstimos e arrendamentos devem constar em “Dívidas e Ônus Reais”. Porém, muitos contribuintes:

  • Declararam o saldo devedor do financiamento imobiliário como parcela vencida em vez de saldo total;
  • Omitiram parcelas de empréstimos entre pessoas físicas;
  • Não lançaram arrendamentos de bens móveis ou imóveis

Como o Fisco cruza dados com instituições financeiras, incompletude nessa ficha é um convite ao cruzamento de informações e possível malha fina.

7. Confusão em investimentos e renda variável

A corretagem de ações, operações em fundos imobiliários, COE ou criptomoedas requer atenção redobrada. Entre os deslizes mais comuns estão:

  • Declarar saldo em custódia como rendimento em vez de ativo;
  • Esquecer de gerar DARFs para pagamento de imposto sobre ganho líquido em bolsas (alíquota de 15% para operações normais, 20% para day trade);
  • Omitir lucros distribuídos de FIIs, que são isentos mas obrigam lançamento em “Rendimentos Isentos”;
  • Não informar operações em plataformas no exterior (exchanges de cripto).

Para quem investe ativamente, ter um extrato organizado por mês e registrar cada operação em software ou planilha reduz bastante o risco de erro.

8. Declaração de dependentes sem documentação adequada

Dependentes geram dedução de R$ 2.275,08 por pessoa, mas a Receita exige CPF válido para crianças a partir de qualquer idade. Frequentemente, pais esquecem de:

  • Solicitar CPF de recém-nascidos antes de declarar;
  • Atualizar CPF de filhos que tiveram problemas cadastrais;
  • Incluir dependentes por laços mais amplos (avós, sobrinhos), quando permitido.

A ausência de CPF ou divergência no nome cadastrado bloqueia a dedução e pode levar a pedido de retificação.

9. Problemas com o prazo e a forma de entrega

Perder o prazo de entrega implica multa mínima de R$ 165,74 e, em seguida, 1% do imposto devido por mês de atraso, limitada a 20%. Entre os erros que causam atrasos:

  • Deixar para última hora e encontrar problema na conexão com o site da Receita;
  • Enviar a declaração sem receber o recibo de entrega”, acreditando que o programa fechou tudo automaticamente.

Conclusão

Evitar os erros mais comuns na Declaração de Imposto de Renda exige organização, atenção aos detalhes e, acima de tudo, o uso de ferramentas e suporte adequados. 

Na Logos Contabilidade Digital, oferecemos todo o suporte – desde a coleta de documentos até a entrega final e monitoramento de restituição ou malha fiscal.

Não deixe que uma simples falha comprometa sua tranquilidade ou gere custos desnecessários. 

Conheça nossos serviços e declare o Imposto de Renda sem dor de cabeça com a Logos Contabilidade Digital!

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